terça-feira, 31 de maio de 2022

Em defesa dos direitos de Deus

 

Neste artigo abordarei um tema pouco agradável para aqueles que vivem completamente mergulhados na busca incansável de uma vida prazeirosa, sem horizontes além de seus egoísmos mesquinhos.

Porém, o tema é muito bonito para as pessoas que verdadeiramente amam a Deus e percebem o quanto Ele está sendo continuamente ofendido no mundo de hoje e não se conformam.

Desde o pontificado de Bento XV, teve início uma propagação cada vez maior nos meios católicos de uma vida espiritual pautada quase exclusivamente na misericórdia de Deus e no amor ao próximo, ao mesmo tempo que se deu um paulatino abandono da pauta da virtude da Justiça de Deus e do amor a Ele.

Essa trajetória levou até à antipatia por tudo o que não fosse amor e misericórdia ao mesmo tempo que fomos imergindo cada vez mais numa desabrida e aterradora imoralidade. Sim, pois segundo se prega em muitíssimos lugares, Deus perdoa tudo e a todos, mesmo sem arrependimento e contrição.

Houve até um Santo que afirmou: “A misericórdia de Deus levou mais gente para o inferno do que a justiça!” Compreendamos: Se as pessoas pensassem mais na justiça de Deus e temessem realmente o Seu castigo, não pecariam e se salvariam. Essa verdade está no Eclesiástico: “Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (Ecl. VII 40). Abusando da misericórdia, acreditam que Deus jamais as punirá por seus pecados e, em consequência, pecam cinicamente, à vontade. E se condenam.

Isso posto, chegamos ao centro do nosso tema: Muitos Santos, dezenas deles, vêm profetizando há décadas que Deus punirá o mundo dos seus pecados. E prevendo que a quantidade de pecados seria uma avalanche, disseram que o castigo seria imenso, universal.

Para me referir a uma das profecias sobre a severíssima punição de Deus, recordo Nossa Senhora de Fátima: “Se não deixarem de ofender a Deus, ...várias nações serão aniquiladas...”

Ora, o pecado está atingindo um tal paroxismo que, há muito tempo, o castigo se tornou irreversível e, assim como a morte, virá de repente como um ladrão.

Logo, é próprio ao católico que seja prudente e sábio, se preparando para essa eventualidade. Como se preparar?

Primeiramente compenetrando-se que Deus é Deus e tem absolutamente todo o direito de ser amado e obedecido. Que sua paciência se mostrou infinita ao sofrer a Paixão a fim de nos remir os pecados e ao criar a Santa Igreja para cuidar da nossa salvação.

Além disso, vem advertindo o mundo através de Nossa Senhora de La Salette, de Fátima, de Akita e de muitos Santos e Santas de forma, que poderíamos dizer, ininterrupta. Mas, sem resultado.

Em segundo lugar devemos compreender que somos meras criaturas de Deus, o que nos obriga a, no maior encantamento da alma, amá-lO sobre todas as coisas, querer obedece-lO e louvá-lO nesta terra para depois estar eternamente com Ele no Céu.

Em terceiro lugar, quando ele castigar a humanidade, o que pode ocorrer a qualquer momento, ninguém sabe! Não devemos nos antipatizar com Ele nem nos revoltar, mas ama-lO enquanto punindo, pois é adorável em todas as suas manifestações.

Em quarto lugar, evidentemente fazermos todo o possível para não merecermos punição servindo-nos da eficacíssima intercessão de Nossa Senhora e do auxílio dos Anjos e Santos. Ou seja, praticarmos autenticamente a verdadeira religião católica e nos mantermos em estado de graça constante.

Por último procurar fazer com que os pecadores façam o mesmo, tanto quanto nos seja possível, especialmente os mais próximos de nós.

Sobretudo tenhamos presente sempre que Deus não despreza um coração contrito e humilhado.

Todos nós temos faltas a pagar, mas se nos humilharmos e pedirmos perdão sinceramente a Nosso Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, Ele não nos negará.

Logo, tenhamos confiança e caminhemos com ânimo indomável no serviço de Nossa Senhora, do resto Ela cuidará.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Os mais provados na Fé da história

Talvez este seja o artigo mais doloroso que eu tenha escrito em anos de redator. Isto mesmo! Mas nossa consciência clama para que falemos do que segue.

Iniciaram-se em Roma os preparativos para o Sínodo dos Bispos de 2023. Sínodo este que, conforme afirmou Dom Walmor, Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dá início ao processo mais radical de mudança dentro da Igreja já feito até agora.

A primeira dessas mudanças é uma como que “consulta popular” feita pelos bispos entre os fiéis do mundo inteiro, de como acham que deve ser a Igreja. Em função do que pensar o conjunto mundial de católicos, praticantes ou não, vivendo em pecado grave ou não, incluindo sacerdotes, freiras e leigos em geral, os bispos decidirão o que vai ser a Igreja Católica de então para a frente.

Ou seja, passamos de uma Igreja que, por instituição divina, é hierárquica e monárquica na pessoa do Papa, para uma Igreja “democrática” e igualitária, composta até por leigos que decidirão “democraticamente” sobre a fisionomia e o governo da Igreja

Assim, de nada vale a Revelação, feita desde o início da criação do homem; de nada vale o depósito da Fé deixado por Nosso Senhor aos Apóstolos; de nada vale Jesus Cristo ter dito que “passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão”. De nada vale a afirmação de Nosso Senhor a São Pedro, de que “tu es pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Tudo isso não valerá mais nada. O que irá valer é como cada “católico” quer que a Igreja seja! Será a “Igreja” do sufrágio universal.

Isso equivale a afirmar que a Igreja Católica, tal como Nosso Senhor a instituiu, está cancelada: não existe mais! E TODAS essas pessoas que ao longo de vinte e um séculos creram n’Ela, se enganaram, seguindo uma igreja de quimera.

Aqui se põe uma pergunta crucial: isso tudo não implica numa verdadeira apostasia? E se alguém, de alto a baixo do mundo católico, aderir a isto, não se coloca automaticamente fora da Igreja?

Como mero leigo, não tenho como responder à pergunta, pois envolve problemas teológicos e canônicos que não conheço.

Mas tenho, como todo bom católico, o sensus fidei, o senso da Fé suficiente para compreender que há anos presenciamos uma avalanche de escândalos ocorrendo dentro da Igreja, especialmente da parte de certo clero, a respeito dos quais tomam-se medidas paliativas absolutamente insuficientes.

  Uma comissão de leigos fez uma pesquisa que apontou, só na França, a ocorrência de 216 mil casos de abusos de menores por parte de clérigos desde os anos 1950. É uma barbaridade! Pode-se até questionar a idoneidade dessa pesquisa, mas quem pode negar que em alguma medida isso aconteceu? Nossa Senhora de La Salette havia afirmado: o clero se tornou uma cloaca de impureza.

O Papa Francisco se disse “entristecido” com essa constatação. E disse que isto era uma vergonha para a Igreja. Ele tem razão. Mas nessa avaliação ele omitiu o quadro total, que é o seguinte.

A Santa Igreja Católica Apostólica Romana é Santa, é a Esposa Mística de Cristo, é indefectível. Portanto, quem se corrompeu foi uma imensa parte do elemento humano d’Ela, ou seja, o clero e os membros da Hierarquia. E a esses, o Papa Francisco não fez críticas. As declarações dele acabam por criar a falsa impressão de que a culpada é a Santa Igreja enquanto instituição, a qual precisa ser reformada e transformada por inteiro. Daí o Sínodo dos Bispos reformador de 2023, convocado por ele.

A pergunta que salta aos olhos, e não aparece em lugar algum, é: quem corrompeu uma tão grande parte do clero? Quais são os reais culpados do clero ter sido invadido por pessoas absolutamente fora do seu verdadeiro perfil?

A verdadeira culpada não é a Igreja, mas quem, dentro da Igreja, não teve a santa intolerância contra o mal ideológico e moral que n’Ela penetrou impunemente, sobretudo nos seminários e nas instituições católicas. E quem abriu as portas para os aggiornati, os modernistas, os progressistas, os adeptos da Teologia da Libertação. Sobre eles pura e simplesmente não se fala, e inclusive vemos alguns de seus próceres, como D. Helder Câmara, ser posto na fila para ser canonizado por Francisco I.

 

Mas também são culpados os clérigos moles, que não querem ter nenhum tipo de incômodo. E deixam, por exemplo, comungar, na frente de toda uma multidão na igreja, mulheres semidespidas, que entram desinibidamente de mini-shorts, minissaias e decotes escandalosos no recinto das igrejas.

Isto, não raro, depois de ouvir do próprio “presidente da assembleia” que Deus não pune ninguém e que o inferno não existe, e que todo mundo acaba dando um jeitinho de ir para o céu sem ter de cumprir os seus Mandamentos. E se alguém for reclamar com o vigário, melhor dizendo, com o “presidente”, corre sério risco de levar uma ducha de água fria, quando não de ser acusado de intolerante, discriminatório, com ódio no coração.

  Foi nesse clima – e só mencionei um aspecto – que os 216 mil casos que entristeceram Francisco foram acontecendo de modo relaxado e impune.

  Acrescente-se a tudo isto a matéria publicada pelo Fratres in Unum, que nos põe a par de um relatório elaborado neste ano pela “Comissão Independente sobre Abusos Sexuais na Igreja” (CIASE), conhecida como “Comissão Sauvé”, o qual afirma: 80% dos abusos sexuais na Igreja foram de caráter homossexual.

  Um outro relatório publicado na Pensilvânia (EUA) em 2019 contabiliza que 80% dos abusos sexuais praticados pelo clero foram abusos homossexuais.

  Tire quem ler estas linhas as suas próprias conclusões.

  Doutor Plinio Corrêa de Oliveira disse por volta do ano 1990 que “Nós seriamos os católicos mais provados na Fé da História.”

  Como temos a certeza ditada pela Fé, de que a Igreja é santa e indefectível, conforta-nos o aparecimento, de cá, de lá e de acolá, de sintomas que em todo o mundo vai aparecendo meio milagrosamente, de uma reação regeneradora que prenuncia a vitória do Imaculado Coração de Maria! É Nossa Senhora falando no fundo das almas, o que nos dá enorme esperança e alimenta em nossos corações a certeza da vitória!. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O que fizeram dEla!!!

Estamos em plena Quaresma e nada é mais importante do que aquilatarmos para onde estão, literalmente, jogando a nossa Santa Igreja, Única verdadeira do Único Deus verdadeiro. É impossível imaginar pretextos mais velhacos para desviar os católicos do verdadeiro sentido da Paixão de Nosso Senhor.

            O site Nova Bússola Quotidiana, italiano, de 17 de fevereiro deste ano,  traz a seguinte matéria sobre o que estão fazendo na Áustria, infelizmente sem nenhuma censura do Vaticano, pelo menos até agora.

A Igreja austríaca se abre ao "jejum" ambientalista

 

Os bispos austríacos propuseram privar-se do uso do carro por respeito ao meio ambiente como uma penitência quaresmal. Mas ascetismo sem Deus é idolatria. A partir da Idade Média a disciplina mudou, demonstrando como a ausência de proposta abre espaço para o critério do mundo que afasta os fiéis de Cristo fazendo com que se concentrem em si mesmos.

 

Não é novidade que a Quaresma ativa agora a imaginação dos cristãos mais do que o seu espírito: inventamos qualquer tipo de renúncia, para não abraçar com seriedade e rigor a tradicional disciplina da Igreja, agora oficialmente reduzida a muito pouco.

A iniciativa da Igreja Católica austríaca, de mãos dadas com irmãos protestantes separados, é simplesmente o sinal do "pneumicídio" (morte da alma) consumado: o espírito do mundo sufocou definitivamente e suplantou o Espírito de Cristo.

A proposta do Autofasten é a coisa mais triste e desanimadora que pode ser vista neste início da Quaresma; o "rápido" proposto pela "comissão do meio ambiente" (sic!) da Igreja austríaca e da comunidade protestante é deixar o carro na garagem e passear a pé, de bicicleta ou de transporte público. Também é possível se inscrever na iniciativa como escolas ou grupos de jovens e avaliar o perfil "ambiental" com um teste rápido a ser preenchido online. Um "exame de consciência" fácil, cómodo e rápido: basta inserir o seu nome, a região em que vive, os quilômetros médios percorridos de carro, transportes públicos ou a pé, especificar se o carro funciona a óleo ou gasolina ou metano, e em um piscar de olhos você terá claro por quanto as emissões de CO2 você é responsável. Poderá assim verificar se, após o compromisso quaresmal, terá se tornado mais virtuoso, mais amigo do meio ambiente e celebrar dignamente o renascimento primaveril da natureza, que coincidentemente ocorre em conjunto com o antigo e monótono feriado cristão da Páscoa. Obviamente, os dados sensíveis são protegidos pela privacidade, um termo bárbaro que parece ter a intenção de substituir o segredo confessional antiquado por maiores garantias legais.

A diocese de Innsbruck imediatamente toma a iniciativa relatando o "magistério" da VCÖ, a organização austríaca de mobilidade e transporte, claramente orientada ecologicamente: "A Áustria é o país das distâncias curtas - e das viagens curtas de carro. 1/5 das viagens de carro é mais curta de dois quilômetros e meio" . Horror! Devemos, portanto, correr para nos proteger; e que melhor ocasião do que a Quaresma? A diocese convida-o, portanto, a participar na campanha “carro rápido - mova-se com saúde”, repleta de “propostas semanais online, que o encorajam a descobrir conscientemente o seu próprio potencial de mobilidade nesta Quaresma - especialmente no que diz respeito a distâncias curtas”. "para convencer seu" AUTOmatismo "interno de que também podem percorrer mais de um ou dois quilômetros (em qualquer clima) a pé ou de bicicleta".

                Agora comentamos nós: isto é ou não uma outra religião, de um outro deus tipo Pachamama? Sobre a Paixão de Nosso Senhor: nada!

                Realmente é de dilacerar o coração...!

                Permita-me sugerir a seguinte oração composta por Dr. Plinio Corrêa de Oliveira para desagravar essa enormidade!

“Olhai, ó Coração Sapiencial e Imaculado de Maria, olhai para essa Igreja cujo nome sacrossanto pronunciamos com frêmito de veneração e de ternura literalmente indizíveis.

"Olhai para o estado de abatimento e de miséria em que Ela se acha. Olhai, ó dor das dores, para o mar de amargura amaríssima, para o estado de desfiguramento em que Ela se encontra.

"Todos os povos, de toda a terra, em todos os séculos podem desfilar diante d'Ela e exclamar que não conhecem dor semelhante à dor d'Ela.

"Quão pouco foi, ó Imaculado e Sapiencial Coração de Maria, o obscurecimento do sol em comparação com o véu do templo que se partiu! Quão desprezíveis são todos os horrores de hoje em comparação com a crise que lavra na Igreja!

"Tende pena d'Ela, ó Mãe, e abreviai esses dias de aflição sem nome, de sua inenarrável e atroz desolação.

"Sim, ó Mãe, fazei vir logo a suprema glorificação da Santa Igreja de Deus. A Santa Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Jesus Cristo, descida do céu sobre uma nuvem, como uma cidade perfeita.”

                E Dr. Plinio comenta: o que fizeram dEla!!!

  

domingo, 6 de setembro de 2020

A gesta dos autênticos católicos brasileiros

 

              À medida que a pandemia vai diminuindo e as coisas começam a voltar para uma normalidade, pelo menos aparente, vai ficando claro para muitos que o mundo está passando, a propósito do virus chinês, por uma verdadeira revolução comunista chinesa.
            De tal maneira isso é verdade que já aparece na internet gente chamando o virus chinês de comunavirus.
            Realmente a aplicação de medidas draconianas para prevenir o contagio, o exagero fraudulento do número de óbitos, o aumento do número de mortos por causa da proibição do uso da cloroquina (hoje recomendada pela própria China), a imposição abusiva do uso de máscaras. De medição de temperatura etc., e o apoio deslavado da grande midia para empanicar as pessoas, foi a grande estrategia para a Opinião Pública se submeter às exigências impostas por governos estaduais e municipais restringindo por isso as fontes de renda de milhões de brasileiros.
            Além disso foram criados sistemas de relações comerciais, sociais e religiosas que estabelecem parâmetros inteiramente diferentes de convívio, por coincidência, muito semelhantes aos existentes na China.
            Dói imensamente dizer, mas a aplicação mais tirânica de tais medidas foi aplicada por bispos nas igrejas. No momento em que eu lhe escrevo as igrejas estão submissas a tais regras como nenhuma instituição comercial está.
            E o pior, não se viu por parte de bispos e de certo clero, a expressão da menor dor pela supressão dos sacramentos, mas um medo desproporcionado de contrair o comunavirus. Tal procedimento revelou claramente a ausência de fé nesse tipo de clero, que, no entanto, vive de explorar a fé do povo.
            Sabe-se que em muitos lugares as igrejas estão sendo reabertas porque bispos e padres estão sem dinheiro para suas despesas.
            Olhando para trás, os que se interessam pela análise dos fatos percebem que uma quantidade nada pequena de pequenas e médias empresas quebrou. Com isso o número de pobres aumentou expressivamente.
            Onde estava a CNBB, grande defensora - de araque – dos pobres, para evitar que as medidas de prevenção multiplicassem significativamente o número deles?
            E o mais incrível, 152 bispos eméritos, velhos pelejadores a favor do comunismo nas décadas de 70, 80 e 90, aliás portadores de “cicatrizes profundas” causadas pelos golpes verdadeiramente proféticos dados por Plínio Corrêa de Oliveira, golpes esses que evitaram a queda do Brasil no comunismo (segundo autorizados e insuspeitos próceres da esquerda), sairam agora de suas tocas ideologicamente pestilentas para, no fundo defenderem o volta do petismo ao governo!
            A verdade é que o Brasil, com a ajuda de Nossa Senhora Aparecida, vai atravessando uma situação gravíssima, é verdade, mas na qual a esquerda parece embaraçar-se cada vez mais nos seus próprios fios sem encontrar saída. Ela tem o poder de muitos cargos, mas não tem a Opinião Pública, a qual, por sua vez, pende cada vez mais para o anticomunismo.
            Se a orientação de todo o nosso clero fosse boa, quantos frutos bons ele conseguiria para Nosso Senhor nessa hora! É difícil de imaginar. Quem vai pagar por isso?
            A única coisa que temos certeza é que o Imaculado Coração triunfará ainda que, conforme dizia Plinio Corrêa de Oliveira, todos os poderes da terra estejam em mãos dos seus inimigos. Essa é a nossa gloriosa luta, o nosso audacioso desafio, a nossa imensa gesta!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ficou chic ostentar a loucura


Das tais coisas difíceis de compreender é a assimilação que parte da opinião pública faz de hábitos irracionais, grotescos e feios. Será que essas pessoas fazem  uma observação séria, uma análise profunda e um julgamento prévio objetivo antes de compra-las e assimila-las aos seus hábitos? Não parece.
Como uma moda que fere completamente o senso da beleza, da integridade (ninguém compra um veículo todo furado, por exemplo), da estética, da harmonia e, sejamos objetivos, afronta rombudamente a razão, como usar voluntariamente calças rasgadas, não é alvo de críticas do próprio público?
É comum pessoas com o tronco agasalhado usando calças cheias de furos. Que lógica tem isso? Perguntadas não sabem o que responder. Usam-nas porque usam-nas e está acabado.
Nem os moradores de rua são vistos, até agora, com tais roupas.
No entanto, atrizes e famosos muito bem pagos, a nova elite desse mundo decadente, ostentam com ufania verdadeiras loucuras as quais são copiadas, com uma fidelidade fanática, por uma imensa parte do público.
Até a grande mídia trata com a maior naturalidade as modas mais estranhas, mais subjugadoras, mais extravagantes. Por que?
Quem gera isso? Quem consegue aliciar de tal maneira as mentes a ponto de despertar nesse público uma verdadeira ufania da loucura?
Coisas loucas, hábitos “escravizantes”, comportamentos irracionais estão conquistando incontáveis mentes. No fundo a liberdade humana está sendo rapinada com métodos inteligentíssimos.
Qual é o objetivo de tais conquistadores?

A nova moda: pensar


Em razão da quarentena não poucas pessoas, paradas em casa, têm se atido muito mais a uma coisa ultrapassada que está virando moda: pensar. Sim, usar a inteligência para exercer uma atividade espiritual que é um privilégio dos seres humanos: pensar.
     Realmente é tal a catadupa de informações sobre a pandemia e sobre a luta dos poderes de esquerda querendo derrubar nosso governo de direita para lançar o Brasil nas garras do comunismo chinês, que ficamos meio perdidos, atordoados.
     Quanto mais informado, mais confuso. Comenta-se.
     Então, por um certo instinto de defesa mental, deixamos tudo de lado e pensamos... e começamos a perceber:
     Os números publicados por órgãos da saúde não inspiram confiança. Atualmente morrem mais de 1000 por dia no Brasil. Só na cidade de São Paulo, são cerca de 200 por dia e, conforme publicou o site da Prefeitura no dia 3 deste mês, no dia 2 havia 68.998 casos confirmados e no dia 1 o número de óbitos de casos confirmados 4.103 pelo covid-19.
     Não fica claro por que, no entanto, a mídia não publica engarrafamento de ambulâncias em hospitais nem de carros fúnebres em cemitérios. As fotos e cenas hosptitalares e funerárias veiculadas são sempre de um pequeno número quando não um só ou dois.
     Uma pessoa conhecida minha, que vive junto ao estádio do Pacaembu onde o governo do Estado montou tendas de emergência, disse que praticamente não registra o menor movimento de ambulâncias ou de carros fúnebres no local. Também no cemitério da Vila Formosa, designado como o principal para sepultar os mortos vítimas do coronavirus, e cujas famílias  são de menos recursos, a mídia não publica nenhuma foto de engarrafamento, que seria normal provocar nos sepultamentos dos cerca de 200 cadáveres por dia (seriam 20 por hora!). Habituada a exagerar o que convém à esquerda, como a mídia exploraria ao delírio cenas dessas se elas existissem de fato...
     Qual o interesse em exagerar os números, uma vez que mesmo os contagiados publicados pela Prefeitura de S. Paulo, com relação à população de São Paulo, que tem 11.800.000 habitantes, não equivalem a mais do que 0,58%, e o de mortos a 0,034% da população?
     Há outras doenças que matam mais do que essa.
     Outro aspecto que chama a atenção é a “coincidência” dos cinco Estados em que os governadores são mais esquerdistas, e de franca oposição ao Governo Federal – os de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas – com um total de 82.000.000 habitantes - somarem até o dia 02 de junho um total de 20.896 mortes, e cinco Estados favoráveis ao Governo Federal – Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina, com uma população total de 52.500.000 – somarem, na mesma data, um total de 1.017 mortes.
     Total dos 10 Estados: 21.913 mortos, sendo 95,36% delas nos Estados da oposição. E 4,64% nos Estados da situação. Esses dados foram tirados da internet.
     Por que essa diferença gritante entre o número de mortes nos Estados da oposição e nos da situação? Estranho...
     Para aumentar a confusão, veja o que a UOL publicou no dia 31 de março p.p.:
     “O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, lançou um alerta hoje sobre o uso indiscriminado de máscaras pelas pessoas que não querem se infectar pelo novo coronavírus, garantindo que possa haver uma falsa sensação de segurança. O uso não é requerido para pessoas saudáveis. Ao invés disso, as pessoas com sintomas é que devem usá-las, para proteger os demais, assim como os que cuidam dos doentes em casa e estão mais expostos ao vírus", explicou o representante da entidade.”
     Ora, usar máscara é norma decretada para todo o território nacional pelas autoridades. Como fica essa contradição?
     O mais grave, entretanto, é o lado espiritual da situação. As igrejas estão fechadas, mas muitas pessoas sentem pouco a falta dos sacramentos. Muitos estão se adaptando à nova maneira de praticar a religião via internet. Em casa mesmo, diante de uma tela, largados num sofá, em muitos casos semidespidos, comendo um pedaço de pão e bebendo um pouco de vinho à guisa de comunhão e usando o celular. No final saem satisfeitos, porque, com décadas de deformação conciliar, consideram normal que essa seja a nova forma de cumprir suas obrigações em relação à Religião Católica!
     Continuando o pensamento, uma pergunta se torna evidente: como isso tudo vai acabar?
     A resposta não é difícil para os devotos de Nossa Senhora de Fátima: a primeira parte das previsões de 1917 está se cumprindo no presente. Essa situação vai ficar mais difícil, com os castigos também previstos pela Virgem Santíssima em Fátima. Nesse castigo é de se esperar um grande número de conversões.
     Depois virá, afinal, a segunda parte das previsões: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!” garantiu Ela.
     Será então o enorme triunfo d'Ela. Que Ela nos conduza a todos, os seus autênticos devotos, até lá!


quinta-feira, 4 de julho de 2019

Concílio Vaticano 3º.?


Para nós, católicos da Igreja militante, o panorama está se enegrecendo cada vez mais na Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
            A ofensiva esquerdista que está sendo preparada no Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia prenuncia uma verdadeira revolução não só a respeito da maneira de ver a Igreja, mas com reflexos apocalípticos para toda a ordem mundial.
Há pouco foi publicado o documento Instrumentum laboris que define a pauta desse Sínodo. É verdadeiramente assustador! Poderia muito bem se chamar de documento preparatório do Concílio Vaticano 3º., pois esse Sínodo está para o Concilio Vaticano 2º. como este está para o Concílio de Trento.
            Em outras palavras, a verdadeira explosão de modificações pastorais e doutrinárias que o Concílio Vaticano 2º. provocou na Igreja se repetirá com o lançamento da Igreja Amazônica, mas num âmbito muitíssimo mais grave e radical. A tal hermenêutica da continuidade, já impossível, pura e simplesmente se evapora.
            Para ajudar a compreender melhor o que estou dizendo é preciso retrocedermos ao Pontificado antimodernista de São Pio X, que pautou sua vida em combater o modernismo, heresia que, segundo ele, continha em si todas as heresias.
            Após São Pio X começou um afrouxamento no combate ao modernismo, que depois deu lugar à ascensão paulatina de uma doutrina que é o próprio modernismo revestido de hipócritas aparências, e que chamamos de progressismo.
            Ao mesmo tempo foi gerado um amolecimento sentimental na alma dos católicos que lhes subtraiu a combatividade e inoculou um espírito entreguista, concessivo, meloso que se foi acentuando até o Concílio Vaticano 2º. 
            Suficientemente amolecidos os católicos, foi possível lançar as “novidades” do Vaticano 2º., e depois a crescente desfiguração do espírito e da mentalidade católicas. A Teologia da Libertação ganhou impulso e a esquerda católica se robusteceu muito.
Uma parte do rebanho se escandalizou com o progressismo e o recusou. A estes foi oferecido, ao invés da espiritualidade tradicional católica o carismatismo oriundo dos protestantes pentecostais americanos.
            Essa mudança na Igreja escandalizou a muitos católicos de fé fraca, os quais, sem convicções profundas, preferiram abandoná-la em troca de religiões protestantes.
            Nada foi feito de relevante pelos Pastores para trazer de volta tais ovelhas, porque a postura ecumênica da esquerda católica ensina que não há gravidade a mudança de religião. Por isso assistimos desde o Concílio Vaticano II até hoje o rebanho católico brasileiro diminuir de 97% para pouco mais de 50% sob a indiferença de grande parte dos Pastores.
            Concomitante a isso, o Clero foi se desfigurando cada vez mais, perdendo sua sacralidade, respeitabilidade e santidade, e se mostrando cada vez mais amigo dos antigos lobos dizimadores do rebanho.
            Notícias de escândalos morais dos mais pesados cometidos por um número enorme de clérigos enchem os jornais de numerosos países do mundo, deixando ainda mais perplexas as ovelhas.
            Com profunda tristeza, vemos o atual Pontificado impregnado de coisas inusitadas, de contínuas atitudes francamente perplexitantes, e frequentemente emitindo declarações contrárias à doutrina tradicional, semeando nas almas uma dúvida generalizada sobre o que é propriamente a Igreja Católica, quais são seus princípios verdadeiros e imutáveis, e impondo as perguntas: o que está certo? O que está errado?
            E é justamente no meio desse caos religioso que é convocado um Sínodo que vai lançar praticamente uma nova igreja, totalmente adaptada aos índios, mas que será uma nova face a ser aplicada, conforme anunciam seus responsáveis, para a Igreja no mundo inteiro. É o anúncio de uma revolução profunda, que destruirá totalmente a ideia verdadeira da Igreja na maioria dos católicos lançando-os numa crise de Fé jamais vista.
            Caso esse plano tenha sucesso, os católicos que aderirem a isto mudarão de religião e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo se reduzirá a uma minoria. Minoria essa que, provavelmente, terá muito que sofrer. Mas será sustentada pela promessa de Nosso Senhor de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, e vencerá com Ele no Triunfo do Imaculado Coração de Maria prometido por Nossa Senhora em Fátima.